Pedro Portela, nasceu em 1980 no Porto.
O seu sonho de infância era o de ser astronauta e explorar a galáxia numa nave espacial que nem o Comandante Kirk do Caminho das Estrelas. Apaixonou-se pela ciência, em concreto pela matemática e pela física e sempre teve uma paixão pelas grandes questões da Ciência moderna relacionadas com cosmologia e física quântica. Estudou numa escola alemã que, além de me ter proporcionado a oportunidade de aprender a língua alemã, aguçou o seu interesse pelas matemáticas e ciências em geral.
Aliou as duas paixões, o Espaço e a Ciência, e estudou engenharia mecânica da Faculdade de Engenharia do Porto onde cedo se envolveu em projectos com a Agência Espacial Europeia (ESA). Concretizou o seu primeiro sonho aos 22 anos quando visitou a ESA pela primeira vez. Numa imprevisível cadeia de acontecimentos, dessa visita resultou, uns anos mais tarde, a oportunidade de co-fundar uma empresa Luso-Alemã que viria a produzir os isolamentos térmicos que aterraram em Marte em 2016. Foi sócio-gerente de uma das primeiras empresas de hardware espacial em Portugal durante 6 anos.
Durante esse anos, foi gestor de projectos, engenheiro de sistemas, responsável pelos recursos humanos, gerente e, não poucas vezes, mediador de conflitos.
Após a minha saída desta empresa, aproveitou para voltar a estudar, desta vez de uma forma mais livre, e dedicar algum tempo a outras questões não menos complexas do que enviar sondas a Marte: o comportamento de sistemas sociais em ambientes complexos. Fez um curso de permacultura e visitou por duas vezes uma das mais radicais escolas de sustentabilidade do Mundo, a Schumacher College no Reino Unido.
Dessas visitas ressurgiu um interesse antigo na teoria geral dos Sistemas, na teoria da Complexidade e Caos, desta feita orientadas aos problemas criados pelos sistemas humanos: alterações climáticas, conflitos e polarização social, disrupção tecnológica, economia e globalização.
Colabora hoje como consultor para a Fundação Humanity United baseada em São Francisco, uma fundação com origem filantrópica de Pierre Omidyar. Usando a ciência da complexidade e teoria das redes complexas, tenta responder à questão: “Como é que um pequeno grupo de pessoas, trabalhando em equipa, consegue mudar uma Sociedade?”. O caso de estudo é o conflito multi-geracional no Sudão do Sul.
Neste processo, reencontra-se com as questões relacionadas com o fenómeno da Consciência, nos estados alterados de consciência, na mitologia e no seu papel na construção de paz e transformação de conflitos.